domingo, 5 de agosto de 2018

Reconhecendo as oportunidades



  Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.... Frase de Paulo Freire.


    Estava pensando que a vida é feita de oportunidades e cabe a cada um de nós aproveitar a cada uma dessas oportunidades com fé e coragem. Imagina estou praticamente finalizando este curso de pedagogia em uma faculdade que todos sonham estar. Tinha tudo para não dar certo, pois, estava a muito tempo sem estudar e já acomodada na minha zona de conforto, estando completamente desatualizada desse mundo digital que anda a galope.

    Quando inicie o curso percebi o quanto de lacunas tinha para preencher e agora quase na etapa final , percebo o quanto aprendi, mas, ainda o quanto ainda tenho para aprender. Porque os saberes são infinitos e os nossos desafios nos tornam pessoas mais ousadas, experientes e sabias.

    Penso o que seria dos grandes  estudiosos como Piaget, Emília Ferreiro e até mesmo Freire, entre outros se não tivessem os meios de estudar e as oportunidades de  mostrar o seu trabalho. Reflito, então, quantos gênios já não se perderam no meio de balas perdidas e educação precária do nosso Brasil. Como um grande pianista poderá descobrir seu talento se não for dado a ele um piano?

    Acredito que a cada dia que nasce Deus nos dá uma oportunidade. Cabe a nós saber-mos  reconhecer e aproveitar essa oportunidade, não fazendo de nossa vida um ensaio e sim um espetáculo onde nós sejamos os protagonista. Para nós educadores nossa oportunidade vem com uma grande missão: a de ser a oportunidade de nossos alunos, através de nosso olhar interpretativo dando as condições para essa criança possa se desenvolver em todos os aspectos.  


      







sexta-feira, 27 de julho de 2018

Inovações pedagogicas



    A inovação pedagógica, requer a ruptura paradigmática. A inovação permite mudanças na forma de entender o conhecimento, pois rompem com a forma  tradicional de ensinar e aprender constituído por metodologias de ensino de memorização, repetição e padronização, fundamentados por princípios positivistas da ciência moderna constituídos pelo determinismo e o empirismo.

    Para essas rupturas se faz necessário uma investigação genealógica, na qual determina o meio social, possibilitando a reconfiguração de saberes relacionados com ensinar e o aprender.

    Acredito que esta metodologia de memorização e repetição esta tão enraizada em nossa educação que se torna um tanto difícil nos libertar desta forma tradicional de entender o conhecimento. Vivemos em um mundo onde as crianças já nascem com habilidades digitais, pequenos desde a mais tenra idade possuem habilidades em manusear tablets e celular, muitas vezes  a passos largos de que um adulto. Mas mesmo com todos esses avanços tecnológicos, o que muitas vezes vemos é que a metodologia se mantém. Entendo que fazer com que a tecnologia caminhe junto com uma metodologia agregada a novas concepções pedagógicas é um grande desafio para as universidades que buscam inovações.


Referencias:

CUNHA,   Maria   Isabel   da. Inovações pedagógicas e a reconfiguração de saberes no ensinar e no aprender na universidade. VIII Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais. Centro de Estudos Sociais, Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra, Portugal, 16 a 18 de setembro de 2004.

Vídeo: Metodologia e tecnologia. Acesso em 27/07/18. disponível em: https://moodle.ufrgs.br/course/view.php?id=51556.

terça-feira, 24 de julho de 2018

Avaliaçaõ




  Segundo Luckesi “A prática da avaliação da aprendizagem, para manifestar-se como tal , deve apontar o melhor de todos os educando, por isso é diagnostica e não voltada para a seleção de poucos, como se comportam os exames.” Muitas escolas intitulam  nas propostas pedagógicas uma avaliação continuada, que visa avaliar o desenvolvimento como um todo do aluno, mas no fim o que  acaba acontecendo são inúmeros testes que origina a nota. Uma avaliação que finge ser diagnostica, mas que na realidade acaba por classificatória.

   A prática de uma avaliação classificatória acaba se configurando em poder do professor sobre o aluno, fazendo com que seu potencial seja medido em uma prova e todo o seu desenvolvimento ao longo do caminho não tenha valor algum.

  Trabalho na educação infantil, jardim B. Minha escola adota um sistema de avaliação como parecer descritivo e um portfólio com fotos e registros dos melhores momentos das atividades. Neste portifólio que ainda estou montando pretendo chamar cada aluno na hora de preencher as legendas, demonstrando e perguntando para cada um como acha que foi, o que sentiu e o que aprendeu naquela atividade.

   Observo que cada aluno tem suas particularidades, cada um se desenvolve de uma maneira, seria muito injusto colocar um parâmetro de avaliação, como muitas escolas fazem: atingiu ou não atingiu; consegue ou não consegue, etc..



Referências:
FERREIRA, Lucinete. O contexto da prática avaliativa no cotidiano escolar. In:_. Retratos da avaliação: conflitos, desvirtuamentos e caminhos para a superação. Porto Alegre: Mediação, 2002. P.39-61.   
LUCKESI, Cipriano. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem? Revista Pátio, ano3, n° 12, p.11, 2000.




domingo, 22 de julho de 2018

Falando sobre Paulo Freire


Paulo freire se consagrou no mundo todo por sua pedagogia libertadora que ia contra aos métodos tradicionais. Para o educador a educação precisa ser conscientizadora. Seu método de alfabetização de adultos propõe que o aprendizado seja feito a partir de palavras geradoras tiradas das praticas e vivencias dos educandos.
 Me inteirando dos estudos propostos Freire, posso dizer que quanto mais me aprofundo, mais me apaixono por sua pedagogia libertadora. Trabalhar com temas geradores desperta a curiosidade e o interesse dos alunos, pois trás o que é real para eles. Logo me abre um leque de ideias de usar esse método na educação infantil.
Segundo Frei Beto a proposta de Freire se compõe por três etapas: Investigação, tematização e problematização.
A proposta do educador é dar sentido a aprendizagem, fazendo com que os estudantes se tornem cidadãos críticos com o poder de transformação. 



Referencias:
FREIRE, Paulo, São Paulo, Pedagogia do Oprimido, 6ª edição, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978. 



sábado, 21 de julho de 2018

Inquietação




     Estou nesta manhã de sábado tentando estudar e colocar as atividades em dia, deste blog principalmente. Mas tem algo que me causou uma grande inquietação no dia de ontem, Acontecimento este que não me deixa concentrar-me nas atividades que estou urgentemente pendente neste curso e  Workshop de avaliação. Sinto se não resolver essa dúvida não serei uma boa profissional.

    Trata-se de um acontecimento que surgiu ontem na minha turma de jardim B, crianças na faixa etária de cinco a seis anos. Meus alunos são curiosos e criativos. Procuro sempre respeitar o tempo e o ritmo de cada criança. Quando vou "avaliar"um deles a primeira coisa que me vem a cabeça é o método clinico de Piaget, que tem como objetivo não avaliar o erro, mas sim ver em que estagio se encontra o pensamento da criança.

    Tenho um aluno vou chama-lo José de cinco anos que completará seis neste ano.José é um menino que considero ser singular no grupo, O garoto ainda chupa chupeta; adora brincar com um jogo de lego, onde adota uma pecinha pra ficar na mão, este jogo ninguém podia pegar; de manhã come maçã( quando não tem na bandeija de frutas se desorganiza); no almoço somente arroz; é fransino, porem, consegue bater em todos os colegas da sala, os colegas nunca revidam, pois exercem sobre ele uma espécie de proteção, em minha visão por eles ter esse olhar que o colega é menor e por eles próprios perceberem essas"diferença"do pequeno perante o grupo.Ele parece ser uma figura tirada de um livro.   Embora, ainda não diagnosticado por um neurologista e não ter uma opinião formada da psicologa que o atende mensalmente na escola, tem características de uma criança a autista. Não por chupar bico ou comer só arroz, etc., pois, esses costumes qualquer criança pode ter, mas por todos os fatores que atribuem a suspeita deste diagnostico através de observações realizadas diariamente. Procuro tratá-lo com muitos elogios e incentivos. Cada progresso é cercado de muitos parabéns, assim como é feito a cada um dos alunos, conforme suas particularidades.   Contudo venho observando grandes avanços em José, inclusive no que se refere traçado. Gosto de fazer contação de histórias com meus alunos e uma das formas que aplico para saber o nível de interpretação de cada um é através do desenho, onde Jose surprende-nos com seu entendimento. 

    Procurando entender melhor José. ontem tivemos uma visita  de uma psicopedagoga da sala SIR (Serviço de Atendimento Especializado) em uma escola da Restinga. Ela pediu pra ver os trabalhos do menino quando os viu disse que ele estava atrasado. Sei que tenho que me aprofundar mais no assunto e voltar ao estudos dos estágios do desenho segundo Luquet, como já estudamos. Mas em meu olhar ele não está" atrasado" e sim evoluindo em seu tempo e ritmo. Compreendo que a profissional pode ter se referido em termos técnicos, considerando as fases do desenho segundo cada faixa etaria.

    Não tirei fotos para enviar nesta postagem, deveria ter feito, até mesmo para eu analisar melhor. Mas minha dúvida é: podemos nos referir a um aluno como atrasado? Tendo essa pessoa que se referiu assim minutos de contato de observação e contato com as produções do aluno? Eu, depois de todos os estudos nesta caminhada no PEAD, acredito que não. 

   Vou fazer uma nova postagens expondo os desenhos, só não faço hoje por não ter acesso a eles. Sei que preciso embasar melhor este texto, mas por agora foi mais uma descrição dos fatos.


segunda-feira, 2 de julho de 2018

Encontro na FACED



     Sábado dia 29 de junho foi um dia de grandes aprendizagens no Evento de e integração do PEAD. A abertura das atividades foi com a professora Tânia Fortuna que  nos articula um pouco sobre a brinquedoteca.  Passeamos pela brinquedoteca , o museu e biblioteca. Depois do almoço coletivo assistimos mesa redonda, onde professora Gladis fala sobre educação infantil, professora Darli explana sobre estagio e professor Evandro  compartilha um pouco de seu grande conhecimento na Educação de Jovens e Adultos.

    Fernando Becker proferi a palestra “A aprendizagem no contexto escolar.”O professor seguidor de Piaget nos diz que o processo de construção de conhecimento do aluno se dá a partir dos desafios que lhes são propostos e não por estímulos, pois se o sujeito não significa aquela coisa ( para qual esta sendo estimulado) ele não se estimula.

    Becker ainda nos leva a pensar na diferença entre desenvolvimento e aprendizagem o autor articula que o desenvolvimento é biológico, faz parte do sistema orgânico. O desenvolvimento explica a aprendizagem. A aprendizagem é o oposto do desenvolvimento, ela é a função do desenvolvimento, sendo que  a aprendizagem é um processo secundário, porque ela depende do desenvolvimento.

    O evento foi finalizado com a oficina da professora Simone Bica, Contribuições da psicanálise para a formação de professores. Entre os assuntos que a professora propõe esta: inconsciente, transferência- professor e aluno, mitos familiares.

    E assim  pude descrever um pouco do dia de grandes interações e aprendizagens.        



domingo, 10 de junho de 2018

Observação da aula da EJA



    Entrevistamos a professora Mara que nos relatou como funciona o pedagógico da escola, segundo a professora a aula é dividida em T1, T2 e T3, sendo T1 e T2 inicio da alfabetização e T3 o nível mais avançado, 4º série. As avaliações são feitas por registros e testes individuais com ditados (nível da escrita), banco de palavras simples, questões numéricas, classificação.  Contar, mais e menos. A educadora relata que o perfil da EJA são alunos de 35 à 69 anos, idosos e inclusão.
  
    Entre o grupo de alunos cinco são casos de inclusão, entre eles estão: Daiane de vinte e poucos anos (não falou a idade) sofre de esquizofrenia e é acompanhada nas aulas pela mãe; Alexandro de 43anos deficiência intelectual severa, seu sonho é ser empacotador do Zaffari; Marcelo, 30 anos quer tirar a carteira de motorista; Um senhor (não recordo seu nome) de 69 anos que tinha a vida ativa até ser acometido por um AVC, comprometendo  sua cognição e sua motricidade, então, tendo ele que aprender tudo novamente.

    Muitos procuram a EJA, porque, aumenta o beneficio do INSS, outros para tirar a carteira de motorista. Alguns porque um familiar traz o outro. Mara relata que teve uma família que se formaram a avó, o filho e neto, sendo assim o avô resolvem freqüentar as aulas também por incentivo da família.

    Os temas de atividades são de acordo com a realidade dos alunos,  Observando a aula de Desirré estagiaria da UFRGS  (classe da professora Mara) vimos que ela trabalhava com medidas, pois fazia parte do cotidiano de alguns alunos que trabalhavam em construções.”Não existe adulto nem criança que chega no nível zero no processo de alfabetização” ( KOHL, 2009) . Portanto cada aluno traz consigo um mundo e entrar em contato com esse mundo nos fazem nos aproximar deste mundo.

REFERENCIAS:
Como adultos não alfabetizados pensam  a língua escrita Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=zMHa3lWcfnk&feature=youtu.be Acesso em 10/06/18.


sábado, 2 de junho de 2018

EJA e os sujeitos da aprendizagem



 O adulto que freqüenta a EJA é o aluno foi excluído de sua escolaridade por razões de fazer parte de uma classe menos favorecida por razões: sociais, culturais e econômicas. Muitos migram de zonas rurais em busca de melhores condições de vida e trabalho para isso procuram resgatar o tempo perdido procurando na educação um passaporte para melhores condições de vida.

Esse sujeito não letrado ao chegar neste “novo mundo” precisa driblar a competitividade e as desigualdades sociais do universo letrado de pessoas estereotipadas, ingressando em uma escolarização, muitas vezes, pensada para crianças e não para adultos. Esse educando, na maioria das vezes,  não se encontra no estagio formal de desenvolvimento humano ( não desenvolveu bem os estágios de desenvolvimento da aprendizagem, em sua infância) entretanto, traz consigo habilidades e dificuldades e uma bagagem de mundo e trabalho.

Entendo que é preciso trazer o mundo desse aluno para dentro de sala de aula, buscando sempre identificar as especificidades destas de cada um, para podermos refletir como pensam e como aprendem. Neste contexto trazer estratégias de aprendizagem para que esse aluno seja bem sucedido em sua escolaridade.


sexta-feira, 1 de junho de 2018

O desafio da EJA



      A presente leitura do texto de Hara nos relata as experiências percorridas de educadores que atuam na escolarização de jovens e adultos não alfabetizados. Esses profissionais dentro de suas instituições de ensino estudam estratégias para que essas pessoas até então excluídas possam ter uma educação de qualidade.

      Sabendo das dificuldades que esses alunos jovens e adultos encontram em sua vida cotidiana o ato de escolarizar acaba sendo um desafio para esses educadores. “A alfabetização competente de alunos que une o compromisso político de educadores populares com sua desenvoltura técnica necessária ao seu bom desempenho é ainda realidade pouco encontrada.” ( HANA, 1992, n.p).

      Tais formas pedagógicas trazem o “Método Paulo Freire” que visa escolher palavras que tenham importância e façam parte da vida do aluno. Para Freire ( apud Hara, 1992) A alfabetização vai além do sujeito juntar sílabas e formar frases, esse processo precisa ser para o um ato de interpretar o sentido da linguagem. Freire coloca o educando como sujeito ativo e criador no processo de sua aprendizagem. O pedagogo defende, ainda, a pratica de o alfabetizador trazer a realidade do alfabetizando  para a sala de aula.

      Assim como Paulo Freire, Emilia Ferreiro e Ana Teberoky acreditam no homem como sujeito e não objeto de sua aprendizagem. As autoras nos trazem colaborações obtidas em investigações no processo de aprendizagem de adultos analfabetos. Emilia  e Teberosky constataram em suas observação que a alfabetização de adultos se assemelha com os mesmos estágios da alfabetização de crianças. Sendo eles: escrita pré-sílabica, escrita – silábica e escrita silábica alfabética.

      Pelas pesquisas dos autores construtivistas, podemos observar que o aprendizado se torna muito mais relevante para o alfabetizando criança ou adulto quando agregado a assuntos de seu interesse e sua realidade social. A proposta acredita que cada aluno pode construir seu conhecimento a partir do que já sabe.

                                                 REFERENCIAS:
HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992

     


domingo, 13 de maio de 2018

Sistema escolar: passado & presente



Segundo Japiassi (1994) “Em nosso sistema escolar ensina-se um saber fragmentado que constitui um fator de cegueira intelectual que decreta a morte da vida e que revela a razão intelectual.” Entendemos que neste contexto faz se tornar cada vez mais latente as filosofias tayolistas e fordistas que fortalecem e mantém a mesma  pirâmide social. Os pobres cada vez mais pobres sem condições de ascensão, enquanto os donos do poder continuam sua hierarquia de autoridade. Enquanto uns pensam e dão ordens, uma grande maioria, esta condicionada a obedecer. Parece que nos dias atuais mesmo com tantos avanços tecnológicos, ainda vivemos na idade média, onde os filhos dos servos eram educados  explicitamente para continuar a servir os nobres, fatos que podemos evidenciar no texto Maquinaria Escolar de Julia Varela e Fernando Alvarez-Uria. O que acontece é que nos dias de hoje a nobreza assume o papel dos grandes empresários, assim como os donos de industrias automobilísticas, onde o poder se torna cada vez mais centralizado.   

Referencias:

JAPIASSU, Hilton. A questão da interdisciplinaridade. Revista Paixão de Aprender. Secretaria Municipal de Educação, novembro, n°8, p. 48-55, 1994.

domingo, 6 de maio de 2018

Pedagogia de Comênico & dias atuais

A pedagogia de Comênico de 1657 se assemelha muito com a proposta construtivista de Piaget e Vigotski, que idealizamos nos dias de hoje, como: entender como o aluno aprende, fazer com que busque suas aprendizagens através de suas próprias experiências e com as trocas de saberes com seus pares.

Doll (2004) destaca elementos importantes na pedagogia de Comênico, que penso se assemelhar com a pedagogia apontada à cima, como: a capacidade de compreender do aluno; igualdade de ensino para homens e mulheres; aprender a partir das experiências e não a partir de teorias abstratas.

Acredito que a pedagogia de Comênico se fazia bastante avançada para a época, pois até nos dias de hoje com tantos avanços sociais e tecnológicos, ainda, assistimos prevalecer um modelo tradicional de ensino e um grande descaso com a educação por parte de governantes. Comênico lutava por ideias que mesmo hoje depois de muito tempo ainda parece, para mim, uma realidade distante de acontecer.

Referencias:
DOLL, Johannes; ROSA, Russel Teresinha Dutra da. A metodologia tem história. In: _______ (orgs.). Metodologia de Ensino em Foco: práticas e reflexões. Porto Alegre: UFRGS, 2004, p.26-29






     







domingo, 29 de abril de 2018

Estudos de Piaget e Vigotski sobre a aquisição da linguagem

    Nos estudos Montoya enfatiza as investigações de Piaget entre a relação do pensamento e da linguagem,  se objetivando descobrir como novas interações se acomodam com as ações anteriores como: reflexos e esquemas sensórios motores, e como estes atuam em fatores internos e externos de cada individuo. Segundo o autor “(...)as conquistas da primeira fase serão incorporadas num sistema maior, como conseqüência de reconstruções em função de novas descobertas.” A questão definir as estruturas biológicas, psicológicas e sociais e não apenas resumir no aspecto social, pois este temos desde que nascemos.

    Para Piaget (apud, Montoya) “A passagem do egocentrismo infantil para objetividade e para o pensamento (...) encontra-se relacionada com a linguagem socializada.” Sendo, assim a aquisição da linguagem e a interação social explicariam para o autor os avanços do pensamento e da linguagem. Neste contexto Vigotski salienta a semelhança de sua conjetura com o conceito explicativo de Piaget naquela época.

    Diferente da teoria de Piaget que acredita que uma aprendizagem se agrega na outra, Vigotski  considera o que a criança esta aprendendo e não o que já aprendeu. Para o autor a cultura se integra ao homem pela atividade cerebral estimulada pela interação entre indivíduos e mediada pela linguagem.

Referencias:
MONTOUYA, Adrian Oscar Dongo. Pensamento e Linguagem: Percurso Piagetiano de Investigação. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, n. 1, p. 119-127, jan./abr. 2006

VIGOTSKI, Lev- Desenvolvimento da linguagem. Acesso em 29/04/18, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=_BZtQf5NcvE


sábado, 7 de abril de 2018

Desafios do EJA



    Em um Brasil que enfrenta tantos problemas de ordem política e social o desafio da EJA, almeja além de uma escolarização, Seus objetivos contemplam a permanência e a conclusão dos estudos de jovens, jovens adultos e idosos que não puderam concluir seus estudos no tempo, considerado, certo. A luta dessa modalidade de ensino abraça: direitos a trabalho, moradia e saúde com dignidade, igualdade de gênero e respeito a diversidade.

    Entendo, que em um mundo cada vez mais competitivo no mercado de trabalho, os menos afortunados de saberes se tornam prejudicados por fazerem parte de uma concorrência desleal e injusta com sujeitos mais privilegiados de cultura.” No século que se avizinha, e que está sendo chamado de ‘o século do conhecimento’, mais e mais saberes aliados a competências tornar-se-ão indispensáveis para a vida cidadã e para o mundo do trabalho.” (CURY, 2000, p.8)

    Enfim a Educação de Jovem e Adulta prima resgatar aquelas pessoas excluídas da sociedade porque tiveram evadir o sistema escolar por razões: familiares, sociais ou econômicas na tentativa de construir uma sociedade onde todos e todas tenham a chance de viver e conviver com igualdade, fator que acredito que só se consegue através de uma educação de qualidade.



Referencias:

CURY, Jamil.Diretrizes, Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Parecer CEB nº 11/2000.

.MACHADO, Magaria Maria. A Educação de jovens e adultos após 20 anos da lei nº 9.394de 1996. Revista Retrato da Escola, Brasília, v.10, n 19, p.429-451, jul/ dez.2016.


sexta-feira, 30 de março de 2018

Escrever sobre escrever



Hoje refletindo sobre as escritas do blogger observo que quanto mais o curso avança, mais dificuldade tenho em expressar minhas reflexões para a escrita. Penso que tem haver com autocrítica e saber que nada sei por sentir a necessidade de saber mais, sabendo que os saberes nunca se esgotam. Concluo assim que preciso de mais e mais leituras.

Como diz Freire (2000) somos seres inacabados, somos seres que nos completamos com troca de ideias e saberes que nos constituem através do dialogo. Meu dialogo com os livros vídeos, Google e colegas de curso e trabalho tem me completado e ao mesmo tempo dando lugar para novas lacunas.

Escrever no blogger é para mim um exercício de pesquisa, leitura e pensamento. Muitas vezes se torna custoso encontrar inspiração para organizar as ideias e compor um texto cheio de argumentos e citações conforme as regras da ABNT. Escrever sobre escrever para mim é pensar sobre o pensar.


Referencias:

FREIRE, Paulo. A SOMBRA desta mangueira, São Paulo, 2000, Editora: olho d´agua.

terça-feira, 20 de março de 2018

Bem-vido VII semestre



  Seja bem- vindo o sétimo semestre. Que ele seja carregado de muitas aprendizagens e realizações. Acredito que Refletir e praticar os conceitos estudados, são os  objetivos  principais do nosso curso de pedagogia.
 Que bom que estou conseguindo conciliar a teoria com a pratica em meu trabalho. 
 É preciso ter força, fé, coragem e determinação para seguir em frente, e quem tem Deus possui tudo isso.
Obrigada aos professores e tutores que são incansáveis na missão de nos transformar em profissionais e seres humanos cada vez melhores. 

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Deficiência e Diferenças



 O vídeo e o texto de Izabel Maior me faz refletir sobre quantos equívocos  com a tentativa de querer ajudar ou quanto preconceito oculto em uma boa intenção. Como diz Izabel Maior”Discriminar parecendo que não esta discriminando.”  Um exemplo, como nós dá a professora é:  se um deficiente físico entra em uma loja acompanhado de outra pessoa, automaticamente o atendente se dirigirá a pessoa que está o acompanhando ...

Em 2015, tive a feliz experiência de conviver com Rafael, um menino carinhoso e inteligente que se destacava por sua singularidade na turma, o aluno mesmo com muitos incentivos, pouco participava das atividades com o grande grupo. Rafa não falava, só gesticulava e apontava quando queria alguma coisa. O pequeno se encantava com filmes de desenho animado e adorava fazer seriação e classificação com os objetos, e quando algo saia fora dos padrões de organização, por conta da intervenção de algum colega, ele ficava em total descontrole.

No decorrer do ano fomos notando as evoluções de nosso Rafinha, uma delas foi na fala, sua primeira palavra foi “água”, depois começou a dizer meu nome, pronunciando “cadia”, então, daí a pouco desencadeou a dizer frases completas. A cada progresso era um festejo de toda a turma.” Olha profe, o Rafa falou água!” comemoravam os coleguinhas. Rafael foi diagnosticado com o transtorno espectro autista, mas essa condição não o fazia “excluído”e sim respeitado e integrado com suas diversidades, porque, a sua maneira de ser e interagir já era algo normal para todos...Claro que muitos atritos e disputas por brinquedos aconteciam que necessitavam de intervenção constante, muitas vezes tendo que fazer contenção para que ele mesmo não se machucasse... As psicopedagogas da escola Tristão, que nos assessoravam orientavam: “frases curtas e objetivas.” Bem como fala no texto da professora Izabel Maior.


Referencias:


MAIOR, Izabel. História, conceito e tipos de deficiência. Disponível em: <Históriae tipos de deficiência Izabel Maior> acesso em 09/01/18.

MAIOR, Izabel- VÍDEO-"Deficiências e Diferenças.", no Café Filosófico da TV Cultura. Disponivel em:https://www.youtube.com/watch?v=29JooQEOCvA 

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Crocodilos e Avestruzes





    Conforme Amaral (1995) “(...) a decorrência de preconceitos vivida, ainda com mais intensidade, pelos significativamente diferentes, impedindo-os muitas vezes, de não só vivenciar os seus direitos de cidadãos, mas de vivenciar plenamente a sua própria  infância.”Nesse contexto me ponho a refletir  que os estereótipos se criam desde a infância . Parece que essa maneira de julgar-mos uns aos outros esta enraizada em nossa cultura, e o que não é considerado normal, é discriminado por uma sociedade com concepções preconceituosas desde a tenra idade.Em nossa modernidade esses comportamentos de insultos, apelidos pejorativos, de crianças e/ou adolescentes para com seus pares é chamado de       Bullyng, o pesadelo de muitos indivíduos em fase escolar. Felizmente essa agressividade que alguns chamavam de” brincadeira” hoje tem nome e é reconhecida como algo muito negativo no desenvolvimento dos educandos.
     Penso que o preconceito parece estar tão impregnado em nos mesmos  que surge quase que de maneira inconsciente em nossas atitudes. Um exemplo falar mais alto com uma pessoa cega ou exaltar a inteligência de uma pessoa paraplégica, em tom de compensação, ora não é porque a pessoa é deficiente física que não pode ser inteligente. A autora nomeia duas metáforas para designar nosso comportamento ao deparar-mos com uma pessoa com deficiência: crocodilos e avestruzes. Crocodilos é o abismo que separa o mito da realidade; Avestruzes quando utilizamos de mecanismos de defesa ( negação, compensação, simulação e atenuação) para não enxergar o que não queremos ou o que não queremos enxergar.
    A narrativa que a autoras faz de sua infância “Café com Leite”, me traz uma infância marcada por frustrações e sofrimentos por conta de uma fase tão importante ser roubada por conta de pré julgamentos e rótulos.
    Reflito, então, quanto a minha pratica: será que quando estamos poupando um aluno de determinada atividade, pois julgamos que ele não tem condições de realizá-la por conta de sua diversidade, não estamos sendo preconceituosos? Com toda a certeza que sim, pois estamos privando essa pessoa de ter o seu crescimento em seu tempo e ritmo. Prova disso é o relato que Amaral, ainda nos faz de sua infância: a professora de educação física permitiu que a aluna “café com leite”participasse de suas aulas de suas aulas, fazendo com que assim a  menina até, então, incapacitada, pudesse mostrar suas habilidades até então ocultadas.

Referencias:
Diferenças e preconceito na escola: alternativas teoricas e praticas/ coordenação de Julio Groppa Aquino.- São Paulo: Summer, 1998
   

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Entre os muros da escola

O filme “Entre muros da escola” reflete a rotina de uma escola pública da frança. A historia me trouxe a idéia de professores apressados dentro de um tempo cronometrado em um espaço limitado por paredes e muros. Uma escola com uma metodologia de ensino tradicional para atender os anseios de adolescentes curiosos e cheios de experiências empíricas trazidas por conta da cultura de suas diferentes etnias.O corpo docente procura formas disciplinares como forma de remédio para o mal rendimento dos alunos.A forma de aprender era imposta igualmente, logo a forma de avaliar também, o que trazia tédio e falta de vontade de aprender, como se suas idéias estivessem engaioladas. “Escolas que são gaiolas existem para que pássaros desaprendam o vôo as que são asas não amam pássaros engaiolados.” (ALVES, 2002)
Observo que quando o professor de Francês propõe o trabalho do “autorretrato”abriu-se um leque de possibilidades,  conhecimentos e descobertas dentro de si mesmos.

REFERENCIAS:


ALVES, Rubens. Gaiolas ou asas? In:, Alves Rubens. Por uma educação romântica. Campinas: 
Papirus, 2002, p.29-32  

ENTRE os Muros da escola.Acesso em 02/01/18. Disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=rBXlPg7nj-Y

Desafio da escola



Desafio da escola

    “(...) O professor enquanto profissional deve ser um eterno aprendiz e sendo capaz de refletir sobre sua pratica diária, pois na verdade não só no trabalho, mas e todos os aspectos da vida.” ( Prado, et.al., 2013) Nos meus tempos de criança tinha a concepção que o professor era dotado de toda a sabedoria, que era um ser à cima do bem e do mal. Hoje que sinto na pele a carga dessa “missão”, vejo que só me cabe a frase de Sócrates, “Só sei que nada sei, e o fato de saber isso me coloca em vantagem sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa.” Observo que a máxima se aplica quando estudo e evidencio que um conceito leva a muitas outras pesquisas ou quando um aluno me faz uma pergunta que não sei responder, pois nunca havia pensado nisso antes, como:”Formiga bebe água?” E nestas horas constato que o Google é o meu melhor amigo.
    Hoje, sei que professor é um ser incompleto no sentido do saber, pois na busca de completar o seu conhecimento para transmitir aos seus alunos, se descobre tão mais incompleto ainda. E esse processo se torna infinito...E é esse desafio que a escola deve propor a seus educandos a busca constante pelo saber, que acontece através da curiosidade e o encantamento  pela arte de fazer as descobertas.


REFERENCIAS:


PRADO, Alcindo Ferreira [et al.] Ser professor na contemporaneidade: desafios da profissão. Universidade de San Carlos, 2013.