Conforme Amaral
(1995) “(...) a decorrência de preconceitos vivida, ainda com mais intensidade,
pelos significativamente diferentes, impedindo-os muitas vezes, de não só
vivenciar os seus direitos de cidadãos, mas de vivenciar plenamente a sua
própria infância.”Nesse contexto me
ponho a refletir que os estereótipos se
criam desde a infância . Parece que essa maneira de julgar-mos uns aos outros
esta enraizada em nossa cultura, e o que não é considerado normal, é
discriminado por uma sociedade com concepções preconceituosas desde a tenra
idade.Em nossa modernidade esses comportamentos de insultos, apelidos
pejorativos, de crianças e/ou adolescentes para com seus pares é chamado de Bullyng, o pesadelo de muitos indivíduos
em fase escolar. Felizmente essa agressividade que alguns chamavam de”
brincadeira” hoje tem nome e é reconhecida como algo muito negativo no
desenvolvimento dos educandos.
Penso que o preconceito parece estar tão impregnado
em nos mesmos que surge quase que de
maneira inconsciente em nossas atitudes. Um exemplo falar mais alto com uma
pessoa cega ou exaltar a inteligência de uma pessoa paraplégica, em tom de
compensação, ora não é porque a pessoa é deficiente física que não pode ser
inteligente. A autora nomeia duas metáforas para designar nosso comportamento
ao deparar-mos com uma pessoa com deficiência: crocodilos e avestruzes. Crocodilos é o abismo que separa o mito da realidade;
Avestruzes quando utilizamos de mecanismos de
defesa ( negação, compensação, simulação e atenuação) para não enxergar o que
não queremos ou o que não queremos enxergar.
A narrativa que a autoras faz
de sua infância “Café com Leite”, me traz uma infância marcada por frustrações
e sofrimentos por conta de uma fase tão importante ser roubada por conta de pré
julgamentos e rótulos.
Reflito, então, quanto a minha
pratica: será que quando estamos poupando um aluno de determinada atividade,
pois julgamos que ele não tem condições de realizá-la por conta de sua
diversidade, não estamos sendo preconceituosos? Com toda a certeza que sim,
pois estamos privando essa pessoa de ter o seu crescimento em seu tempo e
ritmo. Prova disso é o relato que Amaral, ainda nos faz de sua infância: a
professora de educação física permitiu que a aluna “café com leite”participasse
de suas aulas de suas aulas, fazendo com que assim a menina até, então, incapacitada, pudesse
mostrar suas habilidades até então ocultadas.
Referencias:
Diferenças e preconceito na escola: alternativas teoricas e praticas/
coordenação de Julio Groppa Aquino.- São Paulo: Summer, 1998
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