O vídeo e o texto de
Izabel Maior me faz refletir sobre quantos equívocos com a tentativa de querer ajudar ou quanto
preconceito oculto em uma boa intenção. Como diz Izabel Maior”Discriminar
parecendo que não esta discriminando.” Um
exemplo, como nós dá a professora é: se
um deficiente físico entra em uma loja acompanhado de outra pessoa,
automaticamente o atendente se dirigirá a pessoa que está o acompanhando ...
Em 2015, tive a feliz experiência
de conviver com Rafael, um menino carinhoso e inteligente que se destacava por sua
singularidade na turma, o aluno mesmo com muitos incentivos, pouco participava
das atividades com o grande grupo. Rafa não falava, só gesticulava e apontava
quando queria alguma coisa. O pequeno se encantava com filmes de desenho
animado e adorava fazer seriação e classificação com os objetos, e quando algo
saia fora dos padrões de organização, por conta da intervenção de algum colega,
ele ficava em total descontrole.
No decorrer do ano fomos notando
as evoluções de nosso Rafinha, uma delas foi na fala, sua primeira palavra foi
“água”, depois começou a dizer meu nome, pronunciando “cadia”, então, daí a
pouco desencadeou a dizer frases completas. A cada progresso era um festejo de
toda a turma.” Olha profe, o Rafa falou água!” comemoravam os coleguinhas. Rafael
foi diagnosticado com o transtorno espectro autista, mas essa condição não o
fazia “excluído”e sim respeitado e integrado com suas diversidades, porque, a
sua maneira de ser e interagir já era algo normal para todos...Claro que muitos
atritos e disputas por brinquedos aconteciam que necessitavam de intervenção
constante, muitas vezes tendo que fazer contenção para que ele mesmo não se
machucasse... As psicopedagogas da escola Tristão, que nos assessoravam
orientavam: “frases curtas e objetivas.” Bem como fala no texto da professora
Izabel Maior.
Referencias:
MAIOR, Izabel. História, conceito e tipos de
deficiência. Disponível em: <Históriae tipos de deficiência Izabel Maior>
acesso em 09/01/18.
MAIOR, Izabel- VÍDEO-"Deficiências e Diferenças.", no Café Filosófico da TV Cultura. Disponivel em:https://www.youtube.com/watch?v=29JooQEOCvA
Oi Cláudia!
ResponderExcluirQue maravilha seu relato sobre o menino Rafael! Na sua postagem é possível perceber sua emoção a cada evolução do "Rafa", assim como, dos coleguinhas, conforme citado por você. Gostei da sua postagem porque estabeleceu uma conexão entre a teoria e a prática cotidiana de maneira clara e objetiva. Forte abraço, colega Nádila Luchini.