Estou nesta manhã de sábado tentando estudar e colocar as atividades em dia, deste blog principalmente. Mas tem algo que me causou uma grande inquietação no dia de ontem, Acontecimento este que não me deixa concentrar-me nas atividades que estou urgentemente pendente neste curso e Workshop de avaliação. Sinto se não resolver essa dúvida não serei uma boa profissional.
Trata-se de um acontecimento que surgiu ontem na minha turma de jardim B, crianças na faixa etária de cinco a seis anos. Meus alunos são curiosos e criativos. Procuro sempre respeitar o tempo e o ritmo de cada criança. Quando vou "avaliar"um deles a primeira coisa que me vem a cabeça é o método clinico de Piaget, que tem como objetivo não avaliar o erro, mas sim ver em que estagio se encontra o pensamento da criança.
Tenho um aluno vou chama-lo José de cinco anos que completará seis neste ano.José é um menino que considero ser singular no grupo, O garoto ainda chupa chupeta; adora brincar com um jogo de lego, onde adota uma pecinha pra ficar na mão, este jogo ninguém podia pegar; de manhã come maçã( quando não tem na bandeija de frutas se desorganiza); no almoço somente arroz; é fransino, porem, consegue bater em todos os colegas da sala, os colegas nunca revidam, pois exercem sobre ele uma espécie de proteção, em minha visão por eles ter esse olhar que o colega é menor e por eles próprios perceberem essas"diferença"do pequeno perante o grupo.Ele parece ser uma figura tirada de um livro. Embora, ainda não diagnosticado por um neurologista e não ter uma opinião formada da psicologa que o atende mensalmente na escola, tem características de uma criança a autista. Não por chupar bico ou comer só arroz, etc., pois, esses costumes qualquer criança pode ter, mas por todos os fatores que atribuem a suspeita deste diagnostico através de observações realizadas diariamente. Procuro tratá-lo com muitos elogios e incentivos. Cada progresso é cercado de muitos parabéns, assim como é feito a cada um dos alunos, conforme suas particularidades. Contudo venho observando grandes avanços em José, inclusive no que se refere traçado. Gosto de fazer contação de histórias com meus alunos e uma das formas que aplico para saber o nível de interpretação de cada um é através do desenho, onde Jose surprende-nos com seu entendimento.
Procurando entender melhor José. ontem tivemos uma visita de uma psicopedagoga da sala SIR (Serviço de Atendimento Especializado) em uma escola da Restinga. Ela pediu pra ver os trabalhos do menino quando os viu disse que ele estava atrasado. Sei que tenho que me aprofundar mais no assunto e voltar ao estudos dos estágios do desenho segundo Luquet, como já estudamos. Mas em meu olhar ele não está" atrasado" e sim evoluindo em seu tempo e ritmo. Compreendo que a profissional pode ter se referido em termos técnicos, considerando as fases do desenho segundo cada faixa etaria.
Não tirei fotos para enviar nesta postagem, deveria ter feito, até mesmo para eu analisar melhor. Mas minha dúvida é: podemos nos referir a um aluno como atrasado? Tendo essa pessoa que se referiu assim minutos de contato de observação e contato com as produções do aluno? Eu, depois de todos os estudos nesta caminhada no PEAD, acredito que não.
Vou fazer uma nova postagens expondo os desenhos, só não faço hoje por não ter acesso a eles. Sei que preciso embasar melhor este texto, mas por agora foi mais uma descrição dos fatos.
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