Passeando pelas postagens do blog encontro uma das minhas primeiras postagens neste curso de pedagogia, "Assistindo filmes" do II eixo de 2015. Analisando a escrita observo o quanto sucinta fui neste texto, onde a intenção era falar sobre o filme "Menino Selvagem" proposto pela interdisciplina de fundamentos da Alfabetização da prof. Darli Collares.
O filme dirigido por François Truffaut de 1970 conta história de um menino encontrado na selva convivendo com lobos. Logo é levado para a cidade pelo médico que o encontrou,que por sua vez tenta educá-lo, ensinando-o ações básicas como:andar, comer, falar.
Recordo-me que na época tinha um aluno que me lembrou muito o personagem do filme. Vou chama-lo de João. Na época eu atuava na turma do jardim B, crianças de quatro a cinco anos de idade. João entrou na turma em agosto. Era um menino que demonstrava muita agitação e impaciencia com colegas e professores. João demonstrava muita agressividade e quando insatisfeito arremessava objetos nos colegas. Notamos que João apresentava um grande medo em brincar com os brinquedos da praça assim como: escorregador, gangorra e balanço, parecia que nunca havia brincado com os brinquedos. O que descobrimos mais tarde por intermédio de sua avó materna foi que a mãe de João lhe deixava a maior parte do tempo assistindo TV e comendo salgadinhos, isto poderia explicar também do menino estar a cima do peso.
João não se desenvolveu positivamente em aspectos afetivo, cognitivo e psicomotor, por falta de um ambiente onde as interações favorecessem o seu desenvolvimento. O mesmo posso dizer do menino selvagem, ele não sabia falar e nem andar como os seres humanos, pois seu convívio era apenas com os lobos e animais da floresta, assim se desenvolveu como os animais.
O filme "Menino Selvagem" me faz concordar cada vez mais com a teoria de Vigotsky que o desenvolvimento cognitivo se dá a partir das interações que o sujeito faz no ambiente onde está inserido. A criança vai se desenvolver em qualquer lugar. Resta saber se este este ambiente favorecerá a criança.
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