domingo, 10 de fevereiro de 2019

O ambiente favorecendo o desenvolvimento da criança

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Crianças invisíveis

   


     Visitando minhas postagens do blog destaco a postagem "Jogos e brincadeiras na infância" do dia 15/05/2016. O texto fala sobre quando crianças se tornam invisíveis por sua condição social ou por timidez. O assunto me lembra uma   fala de uma professora do magistério que dizia que era péssimo para a criança escutar frases como: "fulano é tão quietinho que parece nem estar aqui!" Complementa dizendo: "Essas falas fazem com que essa criança se sinta um ninguém, uma criatura sem importância!" Percebo que esse tipo de comentário não só na escola como também na família.

    Gonçalvez (2005, p.51) nos diz que "O estar vivo implica essencialmente na inteiração de corpos entre si e com o seu mundo ambiente." Entendo que a criança que vive em um ambiente onde se sinta invisível por ser quieta demais, aprenda a se sentir insignificante e triste. O mesmo acontece com crianças não vistas pela sociedade e principalmente pelas autoridades como direitos humanos e conselho tutelar que é o caso dos meninos de rua meninos de rua.

     Os estudos de Maturana neste VIII eixo me fizeram refletir muito sobre a aprendizagem baseada no amor e na emoção. A partir dos conceitos desse autor percebo que o essencial para que a criança se desenvolva plenamente de maneira física e mental e que em seu ambiente lhe proporcione trocas de  carinho e atenção para que assim se sintam inseridas no meio onde vivem.      
       
      
Referencias:

Gonçalvez, C.J.S. Corporeidade: uma trama transdisciplinar. Revisão do conceito.Tese de doutorado. UNIMEP. 2005


MATURANA R., Humberto; VARELA G., Francisco. A árvore do Conhecimento: as bases biológicas do entendimento humano. Campinas  Palas Athenas, 2003. p 09 a 57.



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Música e Ludicidade II




    
          Reavaliando minhas ideias no texto "Música e Ludicidade"do dia 17/06/2016,  reflito sobre minhas aprendizagens daquela época com a do tempo presente neste curso de pedagogia. Vejo que poderia colocar bem mais do que a descrição das aulas daquele dia. poderia ter colocado minhas vivencias de praticas pedagógicas com a música conciliada com a ludicidade, que sempre foram muito presentes em minhas aulas com crianças da educação infantil.
            Hoje, especialmente agora analisando este contexto de música e ludicidade, vejo um sentido claro dessas questões em  minha concepção pedagógica. A música lida com as emoções do ser humano, ela pode fazer com que aprendamos com prazer.Para Maturana (1998) Emoção é a essência das ações.  Um exemplo no de 2018 ano trabalhamos muito com musicalidade com o jardim B. Foram apresentações de dia das mães, dia dos pais, festa junina e formatura. Especialmente na formatura trabalhamos uma música com coreografia, onde me oportunizou trabalhar com as crianças a lateralidade. Cantamos a música "Canção pro Universo"-Bita, onde nos gestos trabalhamos direita e esquerda, cada mão com uma cor de fita diferente. Assim uma simples canção pode desenvolver vários objetivos nos aluno, assim como além da lateralidade, a expressão oral e corporal, audição e atenção.
          Compreendo que atividades de ludicidade se complementam ricamente com a música e atividades de músicas sempre vão ser ludicas. Para mim as cantigas estão presentes no cotidiano da educação infantil. Ela pode indicar uma regra, um desejo ou um jogo.Como diz Macedo (2009, p.9) "No jogo da vida, o viver como um jogo, o aprender e ensinar como um jogo." Não há nada melhor que aprender se divertindo.






Referencias:

MATURANA R., Humberto. Emoções e linguagem na educação e na política / Humberto Maturana; tradução: José Fernando Campos Fortes. - Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998. p.98 
  Macedo, Lino deJogos, psicologia e educação : teoria e pesquisas / Lino de Macedo (organizador) . -- São Paulo : Casa do Psicólogo®, 2009. -- (Psicologia e educação / dirigida por Lino de Macedo).

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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Aprendendo através das descoberta II



   O texto "aprendendo através da descobertas" me faz refletir no quanto vivenciar o objeto de conhecimento é importante para que à aprendizagem aconteça para o aluno. Segundo Becker o indivíduo adquirir o conhecimento precisa agir sobre o objeto e não ser o objeto de sua aprendizagem.  O professor Becker diz que o conteúdo não pode ser despejado no aluno, penso que é exatamente isso o que acontece na maioria das escolas: o aluno escuta e copia o que o professor escreve no quadro, assim ele aprende para a hora da prova e depois esquece tudo. E os alunos se questionam "do que isso vai me servir para vida?"
      Acredito que na educação infantil não se faz diferente. Muitas vezes a criança é solicitada a fazer um "trabalhinho" padrão como a professora pede, já vi isso algumas vezes na escola onde atuo. As professoras na maior boa intenção só querem que o trabalho fique esteticamente bonito, mas esquecem que para o desenvolvimento da aprendizagem aconteça a criança precisa ser livre para desabrochar sua criatividade como quiser ou como puder naquele momento.
      Considero o "projeto de aprendizagem" uma metodologia de aula eficaz,  prazerosa e produtiva para o aluno construir seu conhecimento. Posso justificar minhas constatações citando o projeto que realizamos no ano passado, 2018, com minha turma do jardim B. Reunimos a turma em uma roda de conversa e perguntamos o que gostariam de aprender, e neste dialogo coletivo surgiu o projeto  "Mundo inteligente". No primeiro semestre estudamos o sistema solar, ciclo da água e meio ambiente. Nos trabalhos foram incluídos: passeio ao planetário, maquetes, simulações. os alunos tiraram hipóteses e fizeram constatações sobre o mundo em que vivemos.






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domingo, 3 de fevereiro de 2019

Aprendendo com interesse e emoção




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          Neste ano iniciamos a partir de agosto o projeto "descobrindo o ninho de quero -quero, também partindo de uma observação da turma.Entendo que o processo de aprendizagem pode se tornar doloroso se não feito com interesse e emoção. Para Maturana (1998) emoção é a essência das ações. Para o autor emoção e razão caminham juntos.Penso que nos professores a emoção é o fio condutor para seguirmos em frente em busca de novos saberes para nossas aulas. A emoção gera envolvimento do professor com o aluno.
      Em 2018, tive um aluno no jardim B, Pedro de seis anos. Pedro era autista, muitas vezes se desorganizava, demonstrando um comportamento um tanto agressivo. Tinha dias que não queria entrar na sala de aula...
      Nos fundos da escola apareceu um ninho de quero-quero. Pedro se encantou em ver a mamãe quero-quero chocando os ovinhos, enquanto o papai ficava ali vigiando (depois através das observações descobrimos que o papai também chocava os ovinhos). Íamos todos os dias, então observar as aves que tanto Pedro e seus colegas aprenderam a admirar. Comecei a fotografar todo esse processo e daí surgiu o projeto “descobrindo o ninho de quero-quero. Quanto mais ele se envolvia, mais eu me envolvia junto. Comecei a pesquisar o que comiam, como viviam para compartilhar com a turma.
       Com a motivação de ver os pássaros, Pedro, começou a progredir em todos os aspectos: passou a comer verduras, antes só comia arroz; começou a desenhar (ação que antes não se permitia, pois dizia que era difícil); e por incrível que pareça até pronunciar as palavras melhor, começando também a interagir mais com o grupo. Compreendo, de todo esse aprendizado, que o entusiasmo, o interesse e a emoção de novas descobertas, nos elevam como seres humanos em constante evolução, nos posicionando a ir em busca de novas descobertas.


Referencias:

MATURANA R., Humberto. Emoções e linguagem na educação e na política / Humberto Maturana; tradução: José Fernando Campos Fortes. - Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998. p.98   

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