domingo, 10 de junho de 2018

Observação da aula da EJA



    Entrevistamos a professora Mara que nos relatou como funciona o pedagógico da escola, segundo a professora a aula é dividida em T1, T2 e T3, sendo T1 e T2 inicio da alfabetização e T3 o nível mais avançado, 4º série. As avaliações são feitas por registros e testes individuais com ditados (nível da escrita), banco de palavras simples, questões numéricas, classificação.  Contar, mais e menos. A educadora relata que o perfil da EJA são alunos de 35 à 69 anos, idosos e inclusão.
  
    Entre o grupo de alunos cinco são casos de inclusão, entre eles estão: Daiane de vinte e poucos anos (não falou a idade) sofre de esquizofrenia e é acompanhada nas aulas pela mãe; Alexandro de 43anos deficiência intelectual severa, seu sonho é ser empacotador do Zaffari; Marcelo, 30 anos quer tirar a carteira de motorista; Um senhor (não recordo seu nome) de 69 anos que tinha a vida ativa até ser acometido por um AVC, comprometendo  sua cognição e sua motricidade, então, tendo ele que aprender tudo novamente.

    Muitos procuram a EJA, porque, aumenta o beneficio do INSS, outros para tirar a carteira de motorista. Alguns porque um familiar traz o outro. Mara relata que teve uma família que se formaram a avó, o filho e neto, sendo assim o avô resolvem freqüentar as aulas também por incentivo da família.

    Os temas de atividades são de acordo com a realidade dos alunos,  Observando a aula de Desirré estagiaria da UFRGS  (classe da professora Mara) vimos que ela trabalhava com medidas, pois fazia parte do cotidiano de alguns alunos que trabalhavam em construções.”Não existe adulto nem criança que chega no nível zero no processo de alfabetização” ( KOHL, 2009) . Portanto cada aluno traz consigo um mundo e entrar em contato com esse mundo nos fazem nos aproximar deste mundo.

REFERENCIAS:
Como adultos não alfabetizados pensam  a língua escrita Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=zMHa3lWcfnk&feature=youtu.be Acesso em 10/06/18.


sábado, 2 de junho de 2018

EJA e os sujeitos da aprendizagem



 O adulto que freqüenta a EJA é o aluno foi excluído de sua escolaridade por razões de fazer parte de uma classe menos favorecida por razões: sociais, culturais e econômicas. Muitos migram de zonas rurais em busca de melhores condições de vida e trabalho para isso procuram resgatar o tempo perdido procurando na educação um passaporte para melhores condições de vida.

Esse sujeito não letrado ao chegar neste “novo mundo” precisa driblar a competitividade e as desigualdades sociais do universo letrado de pessoas estereotipadas, ingressando em uma escolarização, muitas vezes, pensada para crianças e não para adultos. Esse educando, na maioria das vezes,  não se encontra no estagio formal de desenvolvimento humano ( não desenvolveu bem os estágios de desenvolvimento da aprendizagem, em sua infância) entretanto, traz consigo habilidades e dificuldades e uma bagagem de mundo e trabalho.

Entendo que é preciso trazer o mundo desse aluno para dentro de sala de aula, buscando sempre identificar as especificidades destas de cada um, para podermos refletir como pensam e como aprendem. Neste contexto trazer estratégias de aprendizagem para que esse aluno seja bem sucedido em sua escolaridade.


sexta-feira, 1 de junho de 2018

O desafio da EJA



      A presente leitura do texto de Hara nos relata as experiências percorridas de educadores que atuam na escolarização de jovens e adultos não alfabetizados. Esses profissionais dentro de suas instituições de ensino estudam estratégias para que essas pessoas até então excluídas possam ter uma educação de qualidade.

      Sabendo das dificuldades que esses alunos jovens e adultos encontram em sua vida cotidiana o ato de escolarizar acaba sendo um desafio para esses educadores. “A alfabetização competente de alunos que une o compromisso político de educadores populares com sua desenvoltura técnica necessária ao seu bom desempenho é ainda realidade pouco encontrada.” ( HANA, 1992, n.p).

      Tais formas pedagógicas trazem o “Método Paulo Freire” que visa escolher palavras que tenham importância e façam parte da vida do aluno. Para Freire ( apud Hara, 1992) A alfabetização vai além do sujeito juntar sílabas e formar frases, esse processo precisa ser para o um ato de interpretar o sentido da linguagem. Freire coloca o educando como sujeito ativo e criador no processo de sua aprendizagem. O pedagogo defende, ainda, a pratica de o alfabetizador trazer a realidade do alfabetizando  para a sala de aula.

      Assim como Paulo Freire, Emilia Ferreiro e Ana Teberoky acreditam no homem como sujeito e não objeto de sua aprendizagem. As autoras nos trazem colaborações obtidas em investigações no processo de aprendizagem de adultos analfabetos. Emilia  e Teberosky constataram em suas observação que a alfabetização de adultos se assemelha com os mesmos estágios da alfabetização de crianças. Sendo eles: escrita pré-sílabica, escrita – silábica e escrita silábica alfabética.

      Pelas pesquisas dos autores construtivistas, podemos observar que o aprendizado se torna muito mais relevante para o alfabetizando criança ou adulto quando agregado a assuntos de seu interesse e sua realidade social. A proposta acredita que cada aluno pode construir seu conhecimento a partir do que já sabe.

                                                 REFERENCIAS:
HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992