segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Deficiência e Diferenças



 O vídeo e o texto de Izabel Maior me faz refletir sobre quantos equívocos  com a tentativa de querer ajudar ou quanto preconceito oculto em uma boa intenção. Como diz Izabel Maior”Discriminar parecendo que não esta discriminando.”  Um exemplo, como nós dá a professora é:  se um deficiente físico entra em uma loja acompanhado de outra pessoa, automaticamente o atendente se dirigirá a pessoa que está o acompanhando ...

Em 2015, tive a feliz experiência de conviver com Rafael, um menino carinhoso e inteligente que se destacava por sua singularidade na turma, o aluno mesmo com muitos incentivos, pouco participava das atividades com o grande grupo. Rafa não falava, só gesticulava e apontava quando queria alguma coisa. O pequeno se encantava com filmes de desenho animado e adorava fazer seriação e classificação com os objetos, e quando algo saia fora dos padrões de organização, por conta da intervenção de algum colega, ele ficava em total descontrole.

No decorrer do ano fomos notando as evoluções de nosso Rafinha, uma delas foi na fala, sua primeira palavra foi “água”, depois começou a dizer meu nome, pronunciando “cadia”, então, daí a pouco desencadeou a dizer frases completas. A cada progresso era um festejo de toda a turma.” Olha profe, o Rafa falou água!” comemoravam os coleguinhas. Rafael foi diagnosticado com o transtorno espectro autista, mas essa condição não o fazia “excluído”e sim respeitado e integrado com suas diversidades, porque, a sua maneira de ser e interagir já era algo normal para todos...Claro que muitos atritos e disputas por brinquedos aconteciam que necessitavam de intervenção constante, muitas vezes tendo que fazer contenção para que ele mesmo não se machucasse... As psicopedagogas da escola Tristão, que nos assessoravam orientavam: “frases curtas e objetivas.” Bem como fala no texto da professora Izabel Maior.


Referencias:


MAIOR, Izabel. História, conceito e tipos de deficiência. Disponível em: <Históriae tipos de deficiência Izabel Maior> acesso em 09/01/18.

MAIOR, Izabel- VÍDEO-"Deficiências e Diferenças.", no Café Filosófico da TV Cultura. Disponivel em:https://www.youtube.com/watch?v=29JooQEOCvA 

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Crocodilos e Avestruzes





    Conforme Amaral (1995) “(...) a decorrência de preconceitos vivida, ainda com mais intensidade, pelos significativamente diferentes, impedindo-os muitas vezes, de não só vivenciar os seus direitos de cidadãos, mas de vivenciar plenamente a sua própria  infância.”Nesse contexto me ponho a refletir  que os estereótipos se criam desde a infância . Parece que essa maneira de julgar-mos uns aos outros esta enraizada em nossa cultura, e o que não é considerado normal, é discriminado por uma sociedade com concepções preconceituosas desde a tenra idade.Em nossa modernidade esses comportamentos de insultos, apelidos pejorativos, de crianças e/ou adolescentes para com seus pares é chamado de       Bullyng, o pesadelo de muitos indivíduos em fase escolar. Felizmente essa agressividade que alguns chamavam de” brincadeira” hoje tem nome e é reconhecida como algo muito negativo no desenvolvimento dos educandos.
     Penso que o preconceito parece estar tão impregnado em nos mesmos  que surge quase que de maneira inconsciente em nossas atitudes. Um exemplo falar mais alto com uma pessoa cega ou exaltar a inteligência de uma pessoa paraplégica, em tom de compensação, ora não é porque a pessoa é deficiente física que não pode ser inteligente. A autora nomeia duas metáforas para designar nosso comportamento ao deparar-mos com uma pessoa com deficiência: crocodilos e avestruzes. Crocodilos é o abismo que separa o mito da realidade; Avestruzes quando utilizamos de mecanismos de defesa ( negação, compensação, simulação e atenuação) para não enxergar o que não queremos ou o que não queremos enxergar.
    A narrativa que a autoras faz de sua infância “Café com Leite”, me traz uma infância marcada por frustrações e sofrimentos por conta de uma fase tão importante ser roubada por conta de pré julgamentos e rótulos.
    Reflito, então, quanto a minha pratica: será que quando estamos poupando um aluno de determinada atividade, pois julgamos que ele não tem condições de realizá-la por conta de sua diversidade, não estamos sendo preconceituosos? Com toda a certeza que sim, pois estamos privando essa pessoa de ter o seu crescimento em seu tempo e ritmo. Prova disso é o relato que Amaral, ainda nos faz de sua infância: a professora de educação física permitiu que a aluna “café com leite”participasse de suas aulas de suas aulas, fazendo com que assim a  menina até, então, incapacitada, pudesse mostrar suas habilidades até então ocultadas.

Referencias:
Diferenças e preconceito na escola: alternativas teoricas e praticas/ coordenação de Julio Groppa Aquino.- São Paulo: Summer, 1998
   

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Entre os muros da escola

O filme “Entre muros da escola” reflete a rotina de uma escola pública da frança. A historia me trouxe a idéia de professores apressados dentro de um tempo cronometrado em um espaço limitado por paredes e muros. Uma escola com uma metodologia de ensino tradicional para atender os anseios de adolescentes curiosos e cheios de experiências empíricas trazidas por conta da cultura de suas diferentes etnias.O corpo docente procura formas disciplinares como forma de remédio para o mal rendimento dos alunos.A forma de aprender era imposta igualmente, logo a forma de avaliar também, o que trazia tédio e falta de vontade de aprender, como se suas idéias estivessem engaioladas. “Escolas que são gaiolas existem para que pássaros desaprendam o vôo as que são asas não amam pássaros engaiolados.” (ALVES, 2002)
Observo que quando o professor de Francês propõe o trabalho do “autorretrato”abriu-se um leque de possibilidades,  conhecimentos e descobertas dentro de si mesmos.

REFERENCIAS:


ALVES, Rubens. Gaiolas ou asas? In:, Alves Rubens. Por uma educação romântica. Campinas: 
Papirus, 2002, p.29-32  

ENTRE os Muros da escola.Acesso em 02/01/18. Disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=rBXlPg7nj-Y

Desafio da escola



Desafio da escola

    “(...) O professor enquanto profissional deve ser um eterno aprendiz e sendo capaz de refletir sobre sua pratica diária, pois na verdade não só no trabalho, mas e todos os aspectos da vida.” ( Prado, et.al., 2013) Nos meus tempos de criança tinha a concepção que o professor era dotado de toda a sabedoria, que era um ser à cima do bem e do mal. Hoje que sinto na pele a carga dessa “missão”, vejo que só me cabe a frase de Sócrates, “Só sei que nada sei, e o fato de saber isso me coloca em vantagem sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa.” Observo que a máxima se aplica quando estudo e evidencio que um conceito leva a muitas outras pesquisas ou quando um aluno me faz uma pergunta que não sei responder, pois nunca havia pensado nisso antes, como:”Formiga bebe água?” E nestas horas constato que o Google é o meu melhor amigo.
    Hoje, sei que professor é um ser incompleto no sentido do saber, pois na busca de completar o seu conhecimento para transmitir aos seus alunos, se descobre tão mais incompleto ainda. E esse processo se torna infinito...E é esse desafio que a escola deve propor a seus educandos a busca constante pelo saber, que acontece através da curiosidade e o encantamento  pela arte de fazer as descobertas.


REFERENCIAS:


PRADO, Alcindo Ferreira [et al.] Ser professor na contemporaneidade: desafios da profissão. Universidade de San Carlos, 2013.