sábado, 30 de julho de 2016

                                                



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                                                            Brincar e aprender

  O texto "A teoria da diversão" por Bianca Bibiano, diz que conforme Wallon "a aprendizagem não depende só do ensino de conteúdo: para que ela ocorra, são necessários afeto e movimento também.Ele afirmava que é preciso ficar atento aos interesses dos pequenos e deixá-los se deslocar livremente para que façam descobertas".Acredito que são nas brincadeiras que descobrimos os talentos e futuras aptidões dos pequenos. Observo meus pequenos alunos de 3 a 4 anos, do maternal II, quando interagem nas brincadeiras, eles se expressam tão naturalmente que revelam a essência de quem são.Quem sabe não estão ali futuros grandes médicos, cientistas, inventores, engenheiros, professores? Ou quantos grandes profissionais que poderiam fazer a diferença no mundo, não tiveram a oportunidade de descobrir seu talento, e estão perdidos na multidão, pois não tiveram o incentivo e as oportunidades que precisavam desde pequenos.

  Percebo em sala de aula que quando as oportunidades são dadas eles voam longe em sua imaginação. é lindo de ver que realizam" obras faraônicas" nas construções com cubos de encaixe ou ver um menino muito levado da turma utilizando legos para fazer de salsichão para "assar" e "vender" para os colegas e profªs.
  
  Observo neste contexto, que o processo de alfabetização ocorre naturalmente em sintonia com as brincadeiras, pois quando proporcionamos as oportunidades, os pequenos tem a chance de fazer descobertas, um exemplo, tenho um menino em minha sala de aula que me observava enquanto eu manuseava uma forma de letras, aquelas que usamos para fazer cartazes. Ele se aproximou  e começou a encaixar as letras, e identifica-las, associando com a inicial do nome dos familiares e alguns colegas. Em um instante haviam mais colegas interessados nas letras, assim se iniciaram novas descobertas no universo das letras.

                                            


                                                   A arte do brincar  

   Segundo  Vygosky, "um indivíduo se desenvolve através do meio ondo vive, considerando o professor como mediador de grande importância para o desenvolvimento da criança".Penso que uma criança que vive um ambiente social onde prevalece o carinho e o respeito e a oportunidade de brincar com acesso a vários materiais terá um melhor desenvolvimento em todos os aspectos do que uma outra criança que não tem como prioridade essa atividade tão excencial  para a criança.

        Atuo no maternal II, 3 a 4 anos, meus alunos estão na fase do jogo simbólico, diante dos estudos apresentados, me vejo, mais maleável na questão ao acesso aos materiais e flexível aos horários da rotina, visto que, nossa escola tem rotina, como horários de lanche, almoço, soninho,etc..Resolvi abrir mão, um pouco, de trabalhos dirigidos, e resolvi investir mais nas brincadeiras livres, com diversidades de brinquedos, incluindo jogos, brinquedos diversificados e sucata. É incrível a criatividade em inventar engenhosas construções com lêgos, jogos construtor, associando outros brinquedos, como a pista de carrinhos, a casinha dos bonecos, etc.

      Em minhas observações diárias, vejo que o brincar é de fato, a melhor forma de aprender, dos pequenos, pois neste exercício eles compartilham, inventam, fazem suposições e constatações. As vezes me surpreendo tanto com argumentações que expressam que constantemente reflito que um adulto não teria tal argumento.Exemplo, na minha sala tem um menino muito sapeca , certo dia ele puxou o brinquedo do colega, quando o chamei para conversar ele desviou o assunto, dizendo para mim:-Como esta sua mãe e seu pai? E eu lhe pergunto, porque, a pergunta. Ele responde:- É por que esse tempo ta pra chuva! Olha que disfarçado e sapeca! 





  

sábado, 23 de julho de 2016



                                  contos de fadas

   Lendo o texto "Encantos para sempre"da obra "como e porque ler os clássicos universais desde cedo" de Ana Maria Machado, refleti sobre meus conceitos a respeito dos contos de fadas. Me chama à atenção a frase da autora que diz: "Essas histórias sempre funcionam como válvula de escape para as aflições da alma infantil e permitiram que as crianças pudessem vivenciar seus problemas psicológicos de modo simbólico, saindo mais felizes dessa experiência". Ilustro esta fala com um exemplo de minha sala de aula, turma do maternal II, onde tenho uma aluninha de 3 anos, que, muitas vezes, chega na aula um tanto chorosa e tristonha, pois, gostaria de ficar com a mãe, acordou com sono, etc... Em meio as conversas para anima-la é só dizer: "vamos fazer uma trança igual a Elza?"(Elza é a personagem do filme Frozen) para a menina abrir um sorriso e logo tomar o papel da personagem em sua imaginação, começando a agir como tal nas brincadeiras com os colegas.
 Nas contações de histórias, noto que meus alunos têem preferencias das que envolvem o Lobo mau, como: Chapéuzinho Vermelho e os três porquinhos. O lobo é um personagem mau, mas que, de certa forma, exerce um fascínio nas crianças.
  Acredito que toda a ideia de lúdico começa nos contos de fadas. Quem nunca sonhou em ser uma princesa quando criança? 
 
   Observo que até alguns filmes são inspirados nos contos de fadas, como o filme "uma linda mulher" por exemplo.
   É interessante saber que as historias foram criadas por autor anônimos artístas do povo que não tiveram reconhecimento algum.eram contadas por homem chamado Esopo, antes de Cristo.Com o tempo os contos foram adaptados por autores que ganharam seus nomes reconhecidos, como os Irmãos Grimm,por exemplo.
  Alguns autores, pensam em transformar as situações das histórias em politicamente correto, onde, o lobo não come a vovó, os pais de João e Maria não foram inconsequentes em largar seus filhos sozinhos na floresta, etc. 
  A autora do texto estudado nos passa que a criança sabe entender a metáfora e tirar disto uma experiencia lúdica. Evidêncio que é verdade pois, nunca foi me questionado como a vovó caberia dentro da barriga do lobo, etc.