Para mim, entender a teoria Piagetiana se
iguala a refletir sobre o pensamento do pensamento, pois, se torna tão complexo
quanto resolver um problema matemático. É ler nas entrelinhas e colocar o
cérebro para funcionar, é se equilibrar e se desequilibrar de novo frente a um
novo desafio.
Segundo fala a professora Tânia Marques no
texto Epistemologia Genética a
teoria Epistemologica de Piaget é considerada Interacionista. A professora
explana que “Interacionismo é a crença segundo o qual a explicação da origem do
conhecimento esta na síntese permanente entre as condições internas do sujeito
e do meio, entre a maturação e a experiência adquirida.” Logo evidencio com a
ajuda da leitura do segundo texto Desenvolvimento
da Aprendizagem de Jean Piaget que o desenvolvimento vai acontecendo de
maneira natural, mas isso não quer dizer que seja um aprendizado, pois o
desenvolvimento acontece através da maturação e a aprendizagem ocorre através
da troca que o sujeito faz como seu meio e da ação desse sujeito sob o objeto. Becker, explica no vídeo Jean Piaget: Aprendizagem e conhecimento escolar, que “aprendizagem
é o oposto de desenvolvimento. O desenvolvimento possibilita o aprendizado. [...]
O conhecimento não é copia da realidade. Conhecer o objeto é agir sobre ele
[...].
O vídeo Introdução a psicologia do Desenvolvimento com Yves De LaTaille, esclarece que para Piaget a ação media a interação, e é na troca de
experiências com seu meio que oportunizam essas aprendizagens. Percebo, neste
ano, o quanto meus pequenos alunos (quatro anos, MII) se enriqueceram de
conhecimento ao realizaram observações em insetos como: formigas e joaninhas na
praça da escola. Os pequenos observadores foram levados a descobertas preciosas
e inesquecíveis, pois, aprenderam através de suas próprias ações. Através das
experiências desvendaram que as formigas trabalham juntas e são cooperativas,
carregam o alimento organizadamente ate sua casa.
Descobriram que existe joaninha
laranja, azul, marrom e preta, e não somente vermelha com bolinhas pretas como
vemos na maioria das gravuras dos livros, o seu vôo e raso e gracioso. Eu
aprendi com eles, pois até então pensava que só existia joaninha vermelha com
bolinhas pretas. Mas o aprendizado mais significativo foi que temos que cuidar
o que é da natureza.
Voltando para o texto de Tânia Marques , de acordo com Piaget o desenvolvimento humano passa por estádios, onde uma etapa servira de patamar para a outra, ou seja, nenhuma dessas etapas podem ser puladas, pois, uma dependera da outra para ser bem sucedida. Os estádios são:
Voltando para o texto de Tânia Marques , de acordo com Piaget o desenvolvimento humano passa por estádios, onde uma etapa servira de patamar para a outra, ou seja, nenhuma dessas etapas podem ser puladas, pois, uma dependera da outra para ser bem sucedida. Os estádios são:
Sensório motor- de 0 aos 2 anos de idade.Ação sobre a realidade; o
objeto deixa de existir quando sai do campo visual.
Pré operatório- de 2 a 7 anos. Representação da realidade, marcada
pela linguagem.
Operatório concreto- 7 aos 12 anos. A criança já se apropria da
capacidade de realizar ações mentais. Consegue classificar e seriar os objetos.
Operatório formal- A partir
dos 12 anos . Pensamento hipotético; autonomia moral.
No vídeo Mais laboratório e menos Auditórios, Becker nos propõe pensar sobre
a metodologia de ensino nas escolas que estimula os alunos a ação de copiar e
repetir, tendo poucas possibilidades de criar. O professor explana verbos empregados
nas teorias construtivistas dos autores Piaget e Freire que são: interagir,
observar, indagar, experimentar, ultrapassar, dialogar, intervir, refletir,
concluir e inventar. Ressalta a que a pratica significativa dessas ações se faz
em oficinas e laboratórios e não em salas de aula. Refletindo as idéias do
autor, constato o quanto meus pequenos aprendem quando brincam na praça da
nossa escola, considero este lugar como o laboratório deles, pois é lá que
através de suas observações fazem
grandes descobertas, sendo que, algumas delas, até viraram projetos, como: “Formigas em ação”e “A
descoberta da Joaninha”. Acompanhando o desenvolvimento dos frutos da
laranjeira, desde a florzinha cheirosa até as primeiras laranjinhas verdinhas e
pequeninas, concluíram, então, que se transformariam em robustas laranjas de
umbigo, igual a que vimos e saboreamos no mês de maio; entre outras, está
também, a abelha pousando na flor de laranjeira, onde a partir de perguntas resultantes
da curiosidade perceberam como era o processo de fazer o mel.
A partir atividades os alunos assimilam
melhor as novas informações, construindo o equilíbrio para outras
aprendizagens.
REFERENCIAS:
PIAGET, Jean. Aprendizagem do Conhecimento. In
LAVATTELLY, C. S. e STENDLER, F. Reading in child behavior and development. New
York: Hartcourt Brace Janovich, 1972. (Trad.: Paulo F. Slomp, prof.
FACED/UFRGS. Revisão: Fernando Becker, PPGEdu-UFRGS).
MARQUES, Tania Beatriz Iwaszko. Epistemologia Genética. In: SARMENTO,
Dirléia Fanfa; RAPOPORT, Andrea e FOSSATTI, Paulo (orgs). Psicologia e
educação: perspectivas teóricas e implicações educacionais. Canoas: Salles,
2008. p.17-26
Vídeo, Jean P
Olá! Conhecer a Epistemologia Genética e dela refletir sobre o processo de aprendizagem e conhecimento na sala de aula, é fundamental. Quando iremos elaborar um planejamento de uma aula, devemos levar em consideração a faixa etária da turma, muitas vezes pensamentos somente no conteúdo, sem pensar em processos que efetivem a aprendizagem do aluno. Com esse conhecimento será potencializado o planejamento de atividades e um melhor conhecimento do aluno e suas especificidades de cada fase. Trouxe bom aporte teórico e fez as devidas reflexões frente ao ambiente escolar, continue potencializado essa relação entre escola e conhecimento teórico. Realmente quando afirma que aprendemos com os alunos, concordo, pois estabelece um processo de troca muito rico, quando possibilitamos diferentes tipos de abordagens de conteúdos e metodologias. Parabéns por já estar utilizando termos da academia! Continue se esforçando!
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