“A escola contemporânea funciona da mesma forma, transmitindo
informações que são prontas e moldadas, o que não incentiva a criação e a
reflexão sobre a realidade.” ( Missio e Cunha [s.d], p.6 ). A partir disto vejo
que vivemos em uma pós-modernidade, onde o mundo corre com seus avanços
industriais e tecnológicos, mas a mentalidade de muitos continua com a mesma concepção
dos séculos passados. Reflito que isto pode ser fruto de uma educação mecanizada,
criada por um sistema que não tem nenhum interesse que a grande massa da
população tenha a capacidade para desenvolver seu pensamento. O resultado disso
e a aceitação de tudo que nos e oferecido pelos meios de comunicação, na
maioria das vezes sem filtrar ou analisar essas informações. Com isso somos
ludibriados, pois vemos sem enxergar as entrelinhas.
Chego a conclusão que eu mesma sou vitima
dessa educação pronta que nos e passada, pois tenho uma certa dificuldade para entender
filmes como “Macunaíma”. Talvez pela
repulsa que senti pelo filme, por achar repugnante aquele falso herói que vai
contra a todos estereótipos de heróis que já me foram apresentados. Entendo que
Macunaíma pode ser a imagem que o Brasileiro aparece no exterior ou a
personalidade sem caráter que os governantes querem que tenhamos, exemplo disso
foi pensarem na educação sem as disciplinas que estimulam o pensamento, como
sociologia, filosofia, artes.
Os
filmes “Quanto vale ou é por kilo” e a “Venus Negra” retratam situações de discriminação
e preconceito sofridos pelos negros no passado e que se sobrevivem em nossa
modernidade. Fiquei especialmente tocada pelo filme “Venus Negra”. Na saga
situações de discriminação pela raça, gênero e condição social primam alem da razão
. A historia que é baseada em fatos reais me remete a situações de nossa
atualidade, como a exploração do corpo feminino nas propagandas
por via dos meios de comunicação. Os exemplos estão nos comerciais
de cerveja, onde é usada a erotização do corpo feminino para vender o produto
e/ ou o incentivo ao turismo no Brasil, principalmente no carnaval, exibindo
corpos de mulheres apenas com um porta-sexo, a Globeleza pode ser um exemplo
disso. A sofrida personagem me lembra muito essa exploração do corpo feminino
como objeto de desejo, para promover uma marca ou vender uma idéia.
O que percebo que denota nestes filmes a semelhança de atitudes do
passado com o presente. Não será porque o preconceito já esta enraizado em
nossa cultura? portanto, abrir o dialogo entre as novas possibilidades de
aprendizado, onde o aluno comece desde pequeno a apropriar-se de novos
conhecimentos de mundo, desenvolvendo a
capacidade filtrar as informações e assim criando a possibilidade de refletir sobre elas, fazendo, assim,
aflorar valores como respeito e tolerância ações, turbulências e ambigüidades
da vida.”( PERISSE, 2017, p.21).
REFERENCIAS: MISSIO, Luciani;
CUNHA, Jorge Luiz.Um Olhar sobre a
Educação no século XXI. Trabalho Desenvolvido no Núcleo de Estudos a
Educação e Memória- Clio/E/FSM. [s.d]
PERISSE, Gabriel. Pedagogia do Encontro. -2.ed.-São
Paulo: Eureka! 2017.
Olá! Devemos sempre em práticas de ensino, buscar a sensibilização e promover a reflexão dos alunos frente a situações que vem causando "desequilíbrios". Percebe-se que ficou bastante tocada com cada filme, que esses te possibilitem ter um olhar mais atencioso frente a essas situações e que assim consiga desconstruindo essas visões que vão erroneamente esse transmitidas de geração a geração. Concordo quando cita que devemos buscar no dialogo possibilidades para novas aprendizagens. Assim sempre devemos nos questionar essas formas de preconceitos e discriminação se acontecem no espaço escolar e no entorno da escola e como podemos auxiliar nesse combate diário a comportamentos e falas de senso comum que vão se propagando e se reproduzindo. Vamos combater essas formas de preconceitos e discriminação!
ResponderExcluirAtt Glauber Moraes
Tutor Seminário Integrador