quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Precisamos trabalhar com diversidade desde cedo nas escolas




    Hoje em dia mesmo com todos os avanços tecnológicos e industriais, ainda assistimos cenas de preconceitos, principalmente de raça, em lugares onde deveriam  primar por respeito e amor ao próximo, como as entidades de ensino, por exemplo. Portanto  entendo o quanto se torna importante os profissionais da educação estarem abertos a se atualizarem em temas que englobem preconceito e diversidade.  Sabemos que a boa educação é um direito de todos, ela nos salva da ignorância, pois nos leva ao conhecimento. As instituições de ensino precisam abordar temas onde seus alunos reflitam sobre questões que geram preconceito. Acredito que essa concepção deve começar na pré escola e caminhar ate o ensino superior.
     Atuo em uma escola de educação infantil, com a turma do maternal II, crianças de três  a quatro anos de idade . Na maioria das vezes uso atividades lúdicas para trabalhar com temas que dizem respeitam a diversidade. Cito aqui uma contação de historia que realizei com meus alunos: “Pretinha de Neve e os Sete Gigantes”de Rubem Filho.  Escolhi este livro por ele tratar de varias questões de diversidade, como: os novos modelos de família que se constituem em nossa atualidade, pois, a nossa personagem morava em um castelo com a mãe e o padrasto. Pretinha não tinha pele branca, olhos azuis e cabelos longos e lisos como a maioria das princesas de nossa literatura. A menina tinha a pele negra, olhos escuros, cabelos curtos e crespos. Características que identificam muitas meninas que não se permitiam nem sonhar em se colocar como princesas.

      




domingo, 5 de novembro de 2017

Conhecimento e Aprendizagem





     Para mim, entender a teoria Piagetiana se iguala a refletir sobre o pensamento do pensamento, pois, se torna tão complexo quanto resolver um problema matemático. É ler nas entrelinhas e colocar o cérebro para funcionar, é se equilibrar e se desequilibrar de novo frente a um novo desafio.
Segundo fala a professora Tânia Marques no texto Epistemologia Genética a teoria Epistemologica de Piaget é considerada Interacionista. A professora explana que “Interacionismo é a crença segundo o qual a explicação da origem do conhecimento esta na síntese permanente entre as condições internas do sujeito e do meio, entre a maturação e a experiência adquirida.” Logo evidencio com a ajuda da leitura do segundo texto Desenvolvimento da Aprendizagem de Jean Piaget que o desenvolvimento vai acontecendo de maneira natural, mas isso não quer dizer que seja um aprendizado, pois o desenvolvimento acontece através da maturação e a aprendizagem ocorre através da troca que o sujeito faz como seu meio e da ação desse sujeito sob o objeto.  Becker, explica no vídeo Jean Piaget: Aprendizagem e conhecimento escolar, que “aprendizagem é o oposto de desenvolvimento. O desenvolvimento possibilita o aprendizado. [...] O conhecimento não é copia da realidade. Conhecer o objeto é agir sobre ele [...].

     O vídeo Introdução a psicologia do Desenvolvimento com Yves De LaTaille,  esclarece que para Piaget a ação media a interação, e é na troca de experiências com seu meio que oportunizam essas aprendizagens. Percebo, neste ano, o quanto meus pequenos alunos (quatro anos, MII) se enriqueceram de conhecimento ao realizaram observações em insetos como: formigas e joaninhas na praça da escola. Os pequenos observadores foram levados a descobertas preciosas e inesquecíveis, pois, aprenderam através de suas próprias ações. Através das experiências desvendaram que as formigas trabalham juntas e são cooperativas, carregam o alimento organizadamente ate sua casa.
Descobriram que existe joaninha laranja, azul, marrom e preta, e não somente vermelha com bolinhas pretas como vemos na maioria das gravuras dos livros, o seu vôo e raso e gracioso. Eu aprendi com eles, pois até então pensava que só existia joaninha vermelha com bolinhas pretas. Mas o aprendizado mais significativo foi que temos que cuidar o que é da natureza.

     Voltando para o texto de Tânia Marques , de acordo com Piaget o desenvolvimento humano passa por estádios, onde uma etapa servira de patamar para a outra, ou seja, nenhuma dessas etapas podem ser puladas, pois, uma dependera da outra para ser bem sucedida. Os estádios são:
 Sensório motor- de 0 aos 2 anos de idade.Ação sobre a realidade; o objeto deixa de existir quando sai do campo visual.
Pré operatório- de 2 a 7 anos. Representação da realidade, marcada pela linguagem.
Operatório concreto- 7 aos 12 anos. A criança já se apropria da capacidade de realizar ações mentais. Consegue classificar e seriar os objetos.
Operatório formal-  A partir dos 12 anos . Pensamento hipotético; autonomia moral.

      No vídeo Mais laboratório e menos Auditórios, Becker nos propõe pensar sobre a metodologia de ensino nas escolas que estimula os alunos a ação de copiar e repetir, tendo poucas possibilidades de criar. O professor explana verbos empregados nas teorias construtivistas dos autores Piaget e Freire que são: interagir, observar, indagar, experimentar, ultrapassar, dialogar, intervir, refletir, concluir e inventar. Ressalta a que a pratica significativa dessas ações se faz em oficinas e laboratórios e não em salas de aula. Refletindo as idéias do autor, constato o quanto meus pequenos aprendem quando brincam na praça da nossa escola, considero este lugar como o laboratório deles, pois é  lá  que através de suas observações  fazem grandes descobertas, sendo que, algumas delas, até   viraram projetos, como: “Formigas em ação”e “A descoberta da Joaninha”. Acompanhando o desenvolvimento dos frutos da laranjeira, desde a florzinha cheirosa até as primeiras laranjinhas verdinhas e pequeninas, concluíram, então, que se transformariam em robustas laranjas de umbigo, igual a que vimos e saboreamos no mês de maio; entre outras, está também, a abelha pousando na flor de laranjeira, onde a partir de perguntas resultantes da curiosidade perceberam como era o processo de fazer o mel.

     A partir atividades os alunos assimilam melhor as novas informações, construindo o equilíbrio para outras aprendizagens.



REFERENCIAS:

PIAGET, Jean. Aprendizagem do Conhecimento. In LAVATTELLY, C. S. e STENDLER, F. Reading in child behavior and development. New York: Hartcourt Brace Janovich, 1972. (Trad.: Paulo F. Slomp, prof. FACED/UFRGS. Revisão: Fernando Becker, PPGEdu-UFRGS).

   MARQUES, Tania Beatriz Iwaszko. Epistemologia Genética. In: SARMENTO, Dirléia Fanfa; RAPOPORT, Andrea e FOSSATTI, Paulo (orgs). Psicologia e educação: perspectivas teóricas e implicações educacionais. Canoas: Salles, 2008. p.17-26

Vídeo, Jean P